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24 de Abril de 2024
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    Mais uma vez a Policia Militar é vitima de uma utopia!

    há 9 anos

    Aluna de pedagogia da USP faz registro falso de estupro

    JAIRO MARQUES FOLHA DE SÃO PAULO

    Em meio a denúncias de violência sexual dentro das instalações da USP, a estudante Sandy Mayumi Makiyami Saguri, 23, do curso de pedagogia da universidade, fez um registro falso de estupro à polícia e apontou um PM fardado como o autor da violência.

    Primeiramente, a jovem telefonou para o 190 da polícia, pediu por socorro e, em seguida, narrou que havia sido vítima da violência sexual nas proximidades de uma pizzaria da capital.

    Uma equipe de policiais foi ao local, e ela foi levada para exames em um hospital no Tatuapé, na zona leste.

    Nenhum ponto de agressão foi encontrado, e a garota acabou relatando que havia inventado o caso, que aconteceu em 28 de fevereiro.

    "Bebi muito naquela noite, a ponto de alucinar", disse a estudante à Folha.

    "Estava louca e não falava coisa com coisa. Não sei porque disse que fui estuprada e ainda mais por um policial. Agora estou sendo perseguida e recebendo ameaça de estranhos", completou a aluna de pedagogia da USP.

    No boletim de ocorrência sobre o caso, acompanhado pelo delegado Gustavo Galvão Bueno, a estudante declarou que mentiu sobre o estupro porque faz parte de um "grupo" que tem por objetivo espalhar informações falsas para "chamar a atenção" de veículos da imprensa.

    À Folha ela negou que tenha relatado essa informação aos policiais e afirma que não sabe que grupo seria esse.

    Nas redes sociais, a estudante se coloca como membro de diversos manifestos feministas, de liberdade de gênero e anárquicos, como o "Quebrando as grades: Luta por um mundo sem prisões".

    "A única coisa nesse sentido que me perguntaram foi se eu já tinha feito parte de algum grupo social organizado. E eu disse que sim."

    A estudante não fez queixa formal à polícia sobre as ameaças que diz estar recebendo pela internet e, por ora, também não contestou oficialmente o conteúdo do registro da ocorrência policial.

    Nesta quinta-feira (5), após conversa com a Folha, ela encerrou a conta que mantinha no Facebook.

    "Já me desculpei legalmente. O que mais tenho de fazer? Jamais imaginei que uma bebedeira causaria isso."

    A polícia ainda não tem elementos que indiquem a existência de pessoas organizadas para espalhar informações falsas sobre crimes.

    A estudante poderá ter de responder por falsa comunicação de crime na Justiça.

    DENÚNCIAS

    A USP tem aberto sindicâncias em faculdades onde há denúncias de estupro que partiram de alunas e encaminhado os resultados para a sua procuradoria-geral.

    Os casos de violência sexual, segundo a maioria das vítimas, teriam acontecido em festas de estudantes.

    Procurada pela reportagem, a assessoria da reitoria da universidade não quis se manifestar sobre o caso dessa aluna de pedagogia.

    Antes de iniciar minhas críticas a despeito da matéria publicada pela Folha de São Paulo em 06/03/2015 (cotidiano), trago um tema interessante e importante postado em outrora por um nobre colaborador que fala sobre a “Síndrome da mulher de Potifar”.

    Resumo mais do que breve: José do Egito filho de Jacó, citado no Antigo Testamento em Gênesis 37 que se viu cercado pela mulher de Potifar, importante figura do exército egípcio. O tema Bíblico onde a mulher cercou o jovem escravo com seus encantos sedutores de mulher formosa e fogosa, no entanto, foi rejeitada. Devido a isso, impetrou terrível perseguição ao serviçal. Aquele fato fez nascer no Direito Penal a Síndrome da Mulher de Potifar, importante figura jurídica, que trata da mulher que rejeitada faz denúncia apócrifa com a intenção de punir a pessoa que a rejeitou. A figura, com aspecto de história bíblica e viés de matéria para despertar a atenção de acadêmico de Direito, é mais comum do que sonha nossa vã filosofia.

    Aproveitando o gancho, certa feita num cursinho preparatório para carreiras jurídicas mais precisamente na aula de Processo Civil – Direito das Provas, um professor (diga-se de passagem, um dos melhores professores que tive o prazer de assistir sua aula cujo nome é Fredie Didier) nos deu a oportunidade de aplicar uma passagem bíblica com ao direito, referindo-se ao livro dos Reis na qual a Salomão é atribuída a famosa história de que duas mulheres que foram ao seu palácio. Duas mulheres tiveram filhos juntos (simutaneamente), um dos filhos morreu e a mãe do que morreu, pegou o da outra mãe. Pela manhã, ela percebeu que aquele que tinha morrido não era seu filho e começaram a discutir. Foram até o palácio do Rei Salomão e contaram-lhe a história. Ele mandou chamar um dos guardas e lhe ordenou: "Corte o bebê ao meio e dê um pedaço para cada uma". Falado isso, uma das mães começou a chorar e disse: "Não, eu prefiro ver meu filho nos braços de outra do que morto nos meus", enquanto a outra disse: "Pra mim é justo". Salomão, reconhecendo a mãe na primeira mulher, mandou que lhe entregassem o filho.

    Fica alguns fatos históricos com relação a determinadas acusações. [

    Pois bem: no primeiro parágrafo, o jornalista descreve que a referida aluna da USP está cursando pedagogia, agora imaginem hipoteticamente um filho seu, sendo aluno de uma pedagoga que se intitula de participante de movimentos feministas, de liberdade de gênero anárquico, como o “Quebrando as grades: Luta por um mundo sem prisões”.

    Liberdade de gênero anárquico? Pasmem, o que seria?

    - Os anarquistas em oposição ao conceito burguês e consumista de liberdade, não há liberdade enquanto existir estado, capitalismo e enquanto a sociedade em que se vive não for livre e sua totalidade. A liberdade que busca o anarquismo vai de encontro a todas as alienações e mentiras criadas, impostas, e reproduzidas pelo interesse privado burguês. Vai mais além, contra toda forma de relação alienada e de domínio entre os seres humanos e contra as criaturas desse planeta, visto que o domínio pode dar-se fora do econômico.

    Enquanto a Assembléia Legislativa, através da pessoa do Deputado Adriano Diogo, preside uma CPI para investigar as violações de direitos humanos na USP, outros estão brincando com assunto sério e pertinente.

    Apesar de não parecer, o nosso país é regido pela democracia, desta feita, todos tem o direito de escolher seus regimes ideológicos e tem o dever de respeitar os demais regimes. Assim sendo, respeito a escolha da maneira de pensar da jovem queixosa, mas é impossível respeitar a hipocrisia que de um lado briga pelo mundo sem grades, mas pelo outro vai à uma Delegacia prestar queixa contra um Policial Militar “fardado”, ou seja, vive num mundo utópico! Mas, que através das suas fantasias poderia “ter colocado atrás das grades”, um pai de família na cadeia, causando estragos em sua vida de uma forma ímpar, quando falamos de vexame familiar.

    Imaginemos então quanto tempo levaria para um acusado e sua família cicatrizarem uma ferida dessas causada por uma jovem que disse ao Delegado de Polícia que mentiu sobre o estupro porque faz parte de um grupo que tem por objetivo espalhar informações falsas, “chamar a atenção” de veículos de imprensa.

    Até então tudo está mil maravilhas. Imaginemos que a identidade do acusado já tivesse sido revelada pela mídia e que sua família ficasse totalmente exposta, tendo sua casa pichada, incendiada, seus filhos sendo obrigados a mudar de escola, sua esposa crucificada pela família, obrigada a mudar de emprego, enfim, sabemos que a extensão das consequências é longa e quase sempre irreversível.

    Mas o raciocínio não é crucificar a jovem estudante que é passível de erros e tem inclusive, direito ao esquecimento, pois, se aquele que comete um latrocínio por causa de um aparelho celular tem direito à reintegração social, da mesma forma, a jovem também tem, visto que estamos no século XXI e o Código de Hamurabi (1.700 A. C.) não se aplica há muito tempo.

    O motivo que me leva a redigir algumas palavras é a minha preocupação com a inversão de valores que a nossa sociedade, (que se intitula de democrática) está vivendo. Causa-me uma completa indignação saber que uma Instituição da grandeza da Polícia Militar do Estado de São Paulo, composta de mais de 100 mil homens e mulheres que juraram defender a vida e o patrimônio de terceiros com o sacrifício da sua própria vida, esteja sendo tão aviltada ultimamente.

    Já ouvi inúmeros relatos de pessoas que se sentem indignadas ao serem abordadas por uma viatura policial, e se no lugar de policiais fossem criminosos para cometer um roubo ou um sequestro dentre outros crimes? Certamente, iriam se lembrar da Polícia Militar, uma das raras, senão a única Instituição, que trabalha 24 horas independente da previsão climática ela sempre estará presente.

    Se a Polícia Militar, em virtude de uma fundada suspeita, restringe algum direito do cidadão, o objetivo principal é a preservação da segurança pública, aliás, dever insculpido na Constituição Federal, e, se nessa abordagem ela recupera um veículo subtraído de um trabalhador que não possuía seguro do seu bem móvel e ainda lhe resta um carnê com inúmeras prestações?

    E se durante essa abordagem encontra-se uma criança subtraída dos pais?

    E se durante essa abordagem há uma potencial vítima de um homicídio no porta-malas?

    E se durante essa abordagem há pertences de uma residência ou um comércio que fora furtado ou roubado há poucos instantes?

    E se durante essa abordagem está um carregamento de drogas que como todos sabem, a droga é o grande destruidor de lares;

    E se durante essa abordagem se prende infratores nas circunstâncias do “Iter criminis” e nesse caminho do crime há a associação criminosa e armada (sem entrar na seara de crimes autônomos) a caminho de um delito de maior complexidade e nesse interim a tão criticada Polícia Militar interrompe a sua consumação? E poderia ser você que está lendo nesse momento ou um ente muito querido do seu convívio;

    E se durante essa abordagem, a Polícia Militar consegue salvar a jovem aluna de pedagogia da USP de um estuprador que mediante grave ameaça a fez entrar no seu próprio veículo e está prestes a cometer mais um estupro.

    Enfim, precisamos refletir um pouco a respeito do país que queremos ter, pois a maior mudança começa com nós mesmos.

    Agradeço a oportunidade rápida de participar e tentar colaborar nesse eminente site de discussões jurídicas que sou fã e aprendo muito.

    “Nascer sabendo é uma limitação porquê obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar”. (Mario Sergio Cortella)

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/mais-uma-vez-a-policia-militar-e-vitima-de-uma-utopia/172035473

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